O blog

No blog Nossa Bibliotequinha reúno histórias infantis para serem trabalhadas com as crianças em sala de aula, em casa ou em projetos pedagógicos. As histórias contidas no blog foram coletadas na internet (como domínio público) e reunidas a fim de facilitar o uso diário de profissionais da educação e pais ou responsáveis pelas crianças. Estou completamente aberta à sugestões e críticas CONSTRUTIVAS. Se for encontrado no blog qualquer erro de ortografia, irregularidades ou histórias que estão em desacordo com os direitos autorais, peço que entrem em contato comigo para que eu possa imediatamente corrigir, ou excluir a postagem. Torço para que este blog seja uma ótima ferramenta de trabalho para todos.

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29 julho 2013

A fábula do rato e da ratoeira



Olhando por um buraco da parede o ratinho viu que os donos da casa tinham comprado uma caixa grande. Ficou muito curioso e pensou:
- O que será que tem ali de bom para eu comer? Quando olhou mais atentamente, notou que o embrulho continha uma ratoeira.
O ratinho ficou preocupado, afinal uma ratoeira é para pegar ratos e eu sou um rato... Ato contínuo saiu correndo e no caminho encontrou com a galinha; apressado, falou:
- Nós estamos correndo um sério risco! Os donos da casa compraram uma ratoeira.  Como vamos resolver esse problema?
A galinha respondeu:
- Não vejo nenhum problema. Nunca vi alguém pegar galinhas com ratoeira. O senhor é quem deve estar um pouco preocupado, até porque eu não fico lá dentro da casa comendo a comida deles, nem fico me esgueirando pelos cantos. Sou uma pessoa importante nesta casa, eu dou ovos diariamente.
E, assim falando, saiu toda imponente ciscando o chão.
O rato viu que não  tinha jeito de convencê-la e saiu correndo em desabalada carreira. Correu, correu e encontrou-se com o porco. Quase sem fôlego falou:
- Olha, o problema é bastante sério, compraram uma  ratoeira! O que é que a gente vai fazer?!... A galinha nem ligou...
O porco pensou um pouco e depois respondeu:
- Meu amigo, o que é que eu tenho com isso? Eu fico quase o dia todo preso  no cercado! Além do mais, o porco é — dentro do reino animal — um bicho importante,  quase que reverenciado! Eles precisam de mim, não vê como sou bem alimentado? E ninguém pega  porco com uma ratoeira... O senhor é que deve estar preocupado. Vou fazer o seguinte: sempre que eu orar vou pedir por você, orando que sua morte seja rápida...
Desesperado o rato continuou correndo e encontrou-se com a vaca que descansava debaixo de uma árvore frondosa. Chegou perto dela mais cauteloso e falou:
- Senhora vaca, compraram uma ratoeira! A fazenda toda corre risco! Eu falei para a galinha, mas ela nem ligou. O porco riu de mim... E quanto à senhora, pretende fazer o quê?
Respondeu a vaca:
- Eu??? E eu tenho alguma coisa a ver com uma ratoeira? Nunca ouvi falar que uma vaca tenha sofrido algum tipo de constrangimento por uma ratoeira! Acho que o preocupado aqui é você... Eu não tenho nada com isso! Se eu fosse você corria e me escondia. Onde já se viu uma vaca ter medo de uma ratoeira, logo o bicho mais importante do reino animal...

E o rato então, preocupado e sem ninguém para ajudar, escondeu-se num cantinho e lá ficou quieto.  Nesta noite ouviu-se um grande barulho. A ratoeira tinha funcionado... Os donos da casa se levantaram. A senhora foi rápido, no escuro, para matar o que houvesse sido preso. A ratoeira pegara uma cobra pelo rabo; era uma cobra muito venenosa e o bicho, vivinho da silva, picou a mão da senhora. E ela começou a ficar muito doente, com muita febre. Seu marido, preocupado porque ela estava com muita febre, mandou matar a galinha e fazer uma boa canja. Uma canja bem grossa é ótima quando a pessoa está com febre. Mas a senhora não melhorava e teve que ser hospitalizada. Ficou no hospital durante uma semana. Vários parentes e amigos vieram visitá-la. O marido, sem saber como alimentar toda aquela gente que não parava de chegar, mandou matar o porco. Infelizmente, após uma semana senhora veio a falecer. A despesa com o enterro foi muito grande, e o marido viu-se forçado a matar a vaca e vender todos os pedaços para honrar os compromissos assumidos com o falecimento.